segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Capítulo 3 - Em busca de suprimentos

Acabei de acordar, estou meio sonolento e minhas pálpebras não querem se levantar de modo algum.Dirijo-me até a torneira para lavar o rosto, quando vejo que Alice ainda está dormindo.Lavo meu rosto e vou em sua direção, a fim de acordá-la.

- Ei, acorda! - digo eu sacudindo Alice - precisamos buscar alguma coisa pra comer.

- Mas tem que ser agora? - diz Alice com sono - eu tava dormindo tão bem...

- Não sei por você, mas por mim tem que ser agora ou eu morro de fome.

- Então tá, né..

Alice se levanta e vai lavar seu rosto para tirar o sono, mas percebo que enquanto corríamos dos monstros a caminho do supermercado, ela não havia perdido o sono ainda.Quando estávamos no estacionamento do mercado, vimos que sua porta estava escancarada e entramos.As luzes do local estavam acesas, mas várias prateleiras e produtos estavam ao chão, e havia sangue por todos os cantos.

- Alice, pegue uns salgadinhos, energéticos, refrigerantes, e algumas verduras.Eu vou pegar um pouco de legumes, doces, e algumas frutas.

- Só isso Miguel? - pergunta Alice - Você não come carne?

- Do jeito que esses monstros são, já devem ter comido tudo.E mesmo se tiver alguma carne não pegue porque devem estar contaminadas com as mordidas dos zumbis.Nos vemos no caixa 7 certo?

- Certo.

- Tenha cuidado, até lá. - digo me afastando de Alice e indo procurar os suprimentos necessários.

O supermercado estava cheio dos canibais, mas graças ao nosso dom de correr, conseguimos escapar ( alguns deles são lerdos, acredite ).Depois de pegar os suprimentos me dirigi ao caixa 7, e arrastei algumas prateleiras até lá de modo que nenhum monstro daqueles pudesse me ver nem atravessar a barreira.Que tédio, Alice estava demorando muito quando decidi tomar uma atitude : Fui até a ala de limpeza, peguei um cabo de vassoura e fui atrás de Alice.

Corri bastante dos canibais, mas só depois notei o motivo que tinha pegado o cabo de vassoura.Bati em alguns deles com todas as minhas forças, ferindo-os.

- Ah, agora eu estou salvo.Mas onde será que anda Alice?Será que está no caixa 7? - pensei enquanto ofegava depois de bater nos monstros.

De repente, um filho da mãe sai de trás do balcão do açogue.Meu corpo fica paralisado, ele estava muito perto. O susto foi tão rápido quanto meu reflexo, por instantes pensei que iria ser mordido e iria virar um deles.O morto pula para cima de mim, e, se não tivesse me protegido com o cabo de vassoura, seria tarde de mais.Eu via sua face esquelética e em carne viva, com seus olhos saltando para fora,seus urros quase estourando meus tímpanos, o cheiro podre de carniça em minhas narinas, o desejo de saciar sua fome.Não tinha outro jeito, iria morrer ali mesmo, no chão do supermercado Pascoal.Assim seria o fim do adolescente de 16 anos Miguel Battelli.

Fechei os olhos esperando apenas os dentes podres se cravarem em minha carne.A qualquer momento...

- Sai daí fedorento! - uma voz feminina grita, e sinto que o peso do corpo morto que estava sobre mim se alivia com um tranco. - Ei, você tá legal?

Abro meus olhos e vejo que Alice está em minha frente e estendendo sua mão para me ajudar a levantar.

- Alice!Eu é que pergunto se você está bem, estava te procurando, onde você estava?

- Eu estava pegando o que você me pediu oras, mas você sabe que é difícil fazer isso com tanto morto por aí.

- Ah.. e obrigado por me salvar, te devo essa.

- Nada.

Acabara de ser salvo por uma nova amiga, e isso me deixava feliz por dois motivos : Ter uma nova amiga e sobreviver.Saímos daquele mercado o mais rápido que pudemos e seguimos em frente em busca de outro lugar para se proteger.

Um comentário:

  1. Gostei da história em sí. Bem criativa e talz, não sei se é porquê a história está no começo ainda, mas, só acho que precisa de emoção. :D

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