sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Capítulo 1 - O começo do medo

Finalmente acordei.Não sabia onde estava,nem que horas eram, a única coisa que sabia era que estive inconciente por um bom tempo e agora finalmente acordei.O que será que teria acontecido nesse meio tempo em que fiquei desacordado?Acho melhor me levantar e ver o que aconteceu, embora o medo tome conta de mim no momento.Não me lembro de nada apesar de saber que nada bom ocorreu nesse tempo,e antes de procurar saber o que houve, preciso saber onde estou.Me levanto com muito esforço pois minhas pernas doem e meu corpo está todo ferido, preciso me localizar o mais rápido possível.

Olho com atenção o ambiente que está ao meu redor e percebo que estou em casa,no meu quarto.Onde estariam meus pais e meus irmãos?Estou confuso demais, muitas perguntas assolam minha mente.Onde estão todos?Porque a mesa está ao chão?Qual é o motivo da bagunça em casa já que mamãe nunca deixava nada fora do lugar com suas crises de ordem?E pior que as perguntas somente era que nenhuma delas tinham respostas.Chamo por minha família e aguardo alguma resposta que me deixe feliz, e que faça meu medo desaparecer, como a voz da minha mãe.Como não ouço nenhuma resposta de meus pais ou irmãos, resolvo ver o que aconteceu na rua.Vejo que meu quarto está trancado, e vejo também que a chave está logo abaixo de mim.Pego-a e abro a porta, desço as escadas e vou até o portão da frente.

O portão está aberto e com o cadeado ao chão, pois é um portão de grades.Olho para os lados da rua, como se fosse atravessá-la na esperança de ver alguém conhecido, o medo ainda me habita.Subitamente, ouço um ruído atrás de mim : o ruído vinha do quintal de minha casa.Me viro e observo atentamente, procurando por algum sinal de vida já que tudo estava deserto ,e,Para minha alegria vejo uma mulher, com cabelos negros e média estatura e noto que era minha mãe.Alegre por ter encontrado minha mãe, grito :

- Mãe!A senhora está bem!?O que aconteceu aqui mãe!?

No mesmo instante, minha mãe me olha e em seu rosto pálido,há uma face rasgada deixando a mostra seus dentes.Levo um susto, e, ainda maior ,quando minha mãe hurra enraivecidamente e vem correndo em minha direção.Por reflexo, fecho o portão de minha casa e tranco o cadeado, bem na hora em que ela chega até mim.Separados pela grade, eu olho minha mãe atrás do portão estendendo os braços para mim, me olhando com raiva,hurrando e sacudindo a grade com força, com a intenção de me retalhar.Com os olhos cheio de lágrimas,olho melhor para ela e concluo que não era minha mãe realmente, era um monstro.

- Ma-mãe... - digo com a voz embriagada - O q-que acont-teceu com a s-senhora, m-mãe?

Começo a chorar.Minha mãe se tornara um monstro, minha mãe morrera.E se ela havia se tornado um, suponho que os outros também.Será que a humanidade inteira estaria transformada?Será que haviam sobreviventes?O que eu faria agora?Muitas perguntas sem respostas, que só aumentavam minha tensão.O monstro está quase derrubando a grade, e em prantos, saio dali correndo para procurar alguma pista sobre o que aconteceu enquanto estava inconciente, antes que ela realize seu desejo de me retalhar.


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