quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Capítulo 6 - Passagem (Miguel's POV)

(Guys, temos mudanças. Ainda continuaremos com o padrão de o Bravinn escrever a parte do Miguel e eu a da Alice, mas temos um porém: não terá mais "a cada 3 caps, o POV muda". isso foi julgado por uma chata que escreve vulgo: eu demorar demais para escrever, e o outro escritor ficar com raiva tá tá, você não fica. então, é isso. postando por ele por causa do tempo, See Yah!)

Estávamos quase lá, apenas alguns quilômetros a mais, se é que a minha geografia esteve firme todos estes meses desde o começo do fim. A cidade não era uma coisa boa para nós, pois estávamos mais seguros naquela estrada mal acabada e deserta, do que numa cidade, rodeada de zumbis.

- Olha Miguel, eu estive pensando, e acho que é melhor agente passar direto pela cidade sem nem parar na farmácia. – Alice diz, enquanto me ajudava a montar o acampamento.

- Mas porquê? – retruquei indignado.

- É mais seguro, e esta ferida não vai incomodar muito, acho.

- Sério Alice, eu acho melhor pararmos. Estive suspeitando que você possa se tornar um deles com este arranhão.

- Mesmo sendo um deles que me arranhou, foi só um arranhão! E mesmo se for hostil ,nós não somos farmacêuticos para saber reverter a toxina, vírus, mandinga ou qualquer outra coisa que possa ser a casua da contaminação. E mesmo se fôssemos farmacêuticos, esta epidemia nunca aconteceu antes na história, e aposto que nenhum farmacêutico saberia reverter isto.

- Mas como vamos deixar você...

- Miguel, não se preocupe. Se algo acontecer comigo, apenas corra. Ou me mate se quiser.

- Não vou deixar você morrer...

- Relaxa cara, essa aqui ainda dura muito pra te encher.

- Tomara... – sussurrei

- Oi?

- Nada, vamos dormir que amanhã é correria, literalmente.

Me recolhi e fiquei acordado algum tempo, pensando na possibilidade de Alice se transformar. Naquela noite, jurei a mim mesmo que não ia deixar nada de mal acontecer com ela e nem comigo.

Na manhã seguinte acordei mais tarde do que deveria e vi que Alice já estava acordada, preparando o café.

- Bom dia flor do dia, como vai sua tia?

- Essa é mais velha que o Iron Maiden.. – disse ela em tom de deboche.

- Não corta meu barato pô. – disse rindo da situação.

- E aí, vai querer o quê para o café? Torradas com manteiga ou torradas com manteiga?

- Olha eu acho que vou querer torradas com manteiga, tem?

- Tem.

Enquanto estávamos comendo, conversávamos como sempre. Logo terminamos o café, desmontamos o acampamento, guardamos tudo e rumamos à cidade. Já conseguíamos ver a placa do limite territorial da cidade de Santa Fé, meio que uma ironia do destino, pois santa fé era o que agente mais precisava no momento.

Entramos na cidade, e a princípio achamos tudo silencioso demais. Com experiência em lidar com canibais, andávamos devagar e silenciosamente. Nossas roupas com cheiro de comida agora estavam bem lavadas e perfumadas graças àquele produto que a Alice falou que a mãe dela usava e por isso ela era sempre cheirosa.

- Miguel, você vai me ouvir e passar direto, ou parar na farmácia inutilmente?

- Olha, estive pensando ontem a noite, e acho melhor colocar nossas vidas em primeiro lugar. Temos mais chances de sobreviver se passarmos direto e continuarmos nossa busca por refugiados.

- Sabia que você ia fazer isso, alguns meses de convivência e eu já sei como você pensa.

- Isso seria bom?

Um canibal surge na esquina mais próxima de mim, se aproxima rapidamente, e como estava muito próximo e graças ao susto, dou-lhe um considerável soco que desmonta suas mandíbulas podres, onde sua arcada dentária é tão amarela quanto as pétalas de um girassol. Parecia que cada um deles era diferente dos demais, mas iguais ao mesmo tempo. Cada um dos carniceiros tinha sua característica própria, apenas seu olhar, seu fedor, seu bafo e sua fome o faziam iguais.

Continuamos andando, sem achar mais nenhum deles.Será que a cidade seria mais segura que a estrada? Será que poderíamos procurar uma cura? Mais perguntas sem respostas depois de tantos meses. Uma coisa é fato: quando você pensa que se livra de uma coisa, ela volta para te encher o saco.

Um comentário:

  1. Gstei mais desse=D, os outros estão ótimos, mas vc esta explorando mais metaforas nesse aqui e isso me agrada mutiiiiiiiiiito!
    Quando a história...Criativa até não poder mais!É claro que poderia xplorar umpouco mais o sentimento de cada ação, enão passa uito rapido=D, mas como é antigo, tenho a certeza q mais para frente já valorizam=D...
    Logo voltarei para ver o resto
    bjks
    ╬♥╬

    ResponderExcluir